terça-feira, 18 de setembro de 2012

Registro



O Diário de Natal completa hoje 73 anos de existência.

       Há 73 anos um jornal foi criado por quatro jovens idealistas com a finalidade de defender os princípios democráticos e a ampla liberdade de expressão. Sob o nome de "O Diário", o Diário de Natal nasceu em 18 de setembro de 1939 já descomprometido com grupos políticos-partidários. Os quatro potiguares - Djalma Maranhão, Rivaldo Carvalho, Romualdo Carvalho e Valdemar Araújo - sonhavam com um veículo que representasse apenas os interesses do estado do Rio Grande do Norte. Ao final dos anos 1930, Natal era somente uma cidade com pouco mais de 55 mil habitantes, que mantinham-se informados através das emissoras de rádio brasileiras e das transmissões internacionais da BBC. O cenário mundial mostrava o avanço das tropas de Adolf Hitler sobre as nações européias: a Segunda Guerra Mundial estava em curso. O noticiário veiculado pelo Diário, em formato tablóide e com circulação vespertina, destacava o conflito e foi logo aceito pela maioria dos leitores natalenses. O jornal não tinha instalações próprias, gráfica e redação. Funcionava no prédio do Jornal A República. Por motivo financeiro o jornal foi vendido em 1942 ao empresário Rui Moreira Alves, dono da Companhia de Navegação Costeira, interessado em combater o Nazi-Fascismo. Em suas mãos, o veículo estruturou-se com duas impressoras, ganhou espaço próprio, passando a funcionar em um prédio na Tavares de Lira. No ano seguinte, o jornal passou a circular com oito páginas incorporando colunistas importantes como o escritor Veríssimo de Melo.
Diários Associados
Em 1945, o empresário Assis Chateaubriand estava expandindo seu império de comunicação, os Diários Associados, pelo país e comprou o Diário de Natal que passou a integrar a cadeia de jornais que já contava com o Diário de Pernambuco e com o Correio Braziliense. Em março de 1947, deu-se a mudança do nome do jornal para o que permanece até hoje, passando a publicar artigos diários de Chateaubriand.
Sob o comando dos Associados continuou vespertino com oito páginas e ganhou novos equipamentos. Incorporou articulistas de renome internacional como José Lins do Rego e Carlos Drummond de Andrade. Entre os colaboradores locais já se destacava o etnógrafo Luís da Câmara Cascudo que publicou durante anos a coluna "Acta Diurna". Também assinaram artigos os escritores Hélio Galvão, Juvenal Lamartine, Newton Navarro e Zila Mamede. Em 29 de julho de 1954 uma versão matutina diária dominical veio se somar ao projeto: O Poti.
Fonte: diariodenatal.com.br
Org. e Pesq.: Antonio Barboza

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