quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

INFORMAÇÕES SOBRE O CAJU E A MANGA

                                           Foto: Antonio
CAJU
      Antes do descobrimento do Brasil e antes da chegada dos portugueses, o caju já era alimento básico das populações autóctones. Por exemplo: os tremembés já fermentavam o suco do caju, o mocororó, que era e é bebido na cerimônia do Torém. O caju é considerado muitas vezes como o fruto do cajueiro, embora seja um pseudofruto. É constituído de duas partes: a castanha que é a fruta propriamente dita, e o pedúnculo floral, pseudofruto confundido com o fruto. Esse se compõe de um pedúnculo piriforme, carnoso, amarelo, rosado ou vermelho. É rico em vitamina C e ferro e ajuda a proteger as células do sistema imunológico contra os danos dos radicais livres. Seu cultivo é muito comum no nordeste brasileiro. A colheita é realizada de agosto a janeiro. O cajueiro é uma árvore originária do Brasil, nativo da região litorânea. Suas folhas são eficazes na cicatrização de feridas. Além de ser consumido natural, o caju pode ser utilizado na preparação de sucos, mel, doces, passas, sorvetes, licores. A castanha, depois de torrada, é utilizada como petisco, sendo exportada para quase todo mundo. A castanha verde é usada em pratos quentes. O suco de caju é industrializado e muito apreciado em todo o país.
                                          Foto: Antonio
MANGA
    A manga é o fruto da mangueira (Mangifera indica L.), árvore frutífera da família Anacardiaceae, nativa do sul e do sudeste asiáticos desde o leste da Índia até as Filipinas, e introduzida com sucesso no Brasil, em Angola, em Moçambique e em outros países tropicais. O nome da fruta vem da palavra malayalam manga e foi popularizada na Europa pelos portugueses, que conheceram a fruta em Kerala (que conseguiram pelas trocas de temperos). A manga é uma fruta do tipo drupa, de coloração variada: amarelo, laranja e vermelha, sendo mais roseada no lado que sofre insolação direta e mais amarelada ou esverdeada no lado que recebe insolação indireta. Normalmente, quando a fruta ainda não está madura, sua cor é verde, mas isso depende do cultivo. A polpa é suculenta e muito saborosa, em alguns casos fibrosa, doce, encerrando uma única semente grande no centro. As mangas são usadas na alimentação das mais variadas formas, mas é mais consumida ao natural. Uma manga fresca contém cerca de 15% de açúcar, até 1% de proteína e quantidades significativas de vitaminas, minerais e anti-oxidantes, podendo conter vitamina A, vitamina B e vitamina C. Graças à alta quantidade de ferro que contém, a manga é indicada para tratamentos de anemia e é benéfica para as mulheres grávidas e em períodos de menstruação. Pessoas que sofrem de cãimbras, stress e problemas cardíacos, podem se beneficiar das altas concentrações de potássio e magnésio existentes que também auxiliam àqueles que sofrem de acidose. Também há relatos de que as mangas suavizam os intestinos, tornando mais fácil a digestão. Na Índia, onde a manga é a fruta nacional, acredita-se que as mangas estancam hemorragias, fortalecem o coração e trazem benefícios ao cérebro. É também utilizada em afecções pulmonares (bronquite asmática, bronquite catarral e tosse), Gengivas inflamadas (gengivites, feridas na boca e no canto dos lábios). Úlceras de decúbito (escaras), úlceras varicosas.
A hitória da Manga com Leite
Cultivada inicialmente pelos portugueses, através do trabalho dos escravos, esta fruta maravilhosa não poderia deixar de originar lendas. Algumas se mantém até hoje em certas regiões. As gerações mais velhas, com certeza, ainda conhecem o dito popular. “A manga de manhã é ouro, à tarde é prata e à noite, mata”. Quem nunca ouviu esta célebre frase? Pois saiba que esta história foi criada com a intenção de preservar a manga da fome dos escravos, pois alegavam que era fruta nobre, que deveria ser saboreada apenas pelos Senhores. Como durante o dia os escravos estavam trabalhando e não tinham tempo de roubá-la diziam que pela manhã e à tarde era boa, mas à noite, quando eles podiam pegá-las às escondidas, fazia mal. A folclórica combinação leite e manga nasceu com a mesma finalidade. Leite, naquela época, havia em fartura nas fazendas e geralmente era distribuído aos escravos à noite. Nada melhor que amedrontá-los com a possibilidade de morrerem com a mistura dos dois para dissuadi-los a não se apoderarem dos frutos na única hora em que podiam fazê-lo. Até hoje a força da crendice se manifesta, e há pessoas que evitam ingeri-las à noite, com medo de difícil digestão. São raros os que não dão bem com a manga e, no caso dos que abusam na quantidade, o povo recomenda que se beba três goles de água depois de comê-las. Quanto à mistura com leite, a crença poderia ter-se extinguido à época da abolição ou quando as mangueiras começaram a se propagar pelo Brasil. No entanto muita gente ainda, acredita e segue à risca esses mitos do passado. Na verdade, antes de fazer mal, a combinação manga e leite faz é muito bem para a saúde, representando uma dupla altamente nutritiva.
Pesquisa e organização: Antonio
Fonte: www.todafruta.com.br

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