O Ensino Superior no Brasil
No
Brasil, os primeiros cursos superiores foram criados pelas ordens religiosas,
principalmente pelos jesuítas, que já no século XVI ofereciam cursos de Artes e
Teologia. O curso de Artes, também chamado de Ciências Naturais ou Filosofia,
tinha duração de três anos e abrangia o ensino de Lógica, Física, Matemática,
Gramática e Retórica, conferindo os títulos de Bacharel e Licenciado aos
concluintes. Já o curso de Teologia tinha duração de quatro anos, era dividido
em Teologia Moral e Teologia Especulativa e conferia o título de doutor aos
seus concluintes. Com a vinda da família real para o Brasil em 1808, houve uma
reestruturação do ensino superior, tendo sido criados
cursos e academias seculares com o objetivo principal de formar burocratas para
o aparelho estatal, especialmente cursos de Medicina e Cirurgia e Matemática,
em instituições militares, como a Academia Militar e a Academia da Marinha.
Naquele período, os estudos de Matemática, Física, Química, Biologia e Mineralogia,
que antes faziam parte dos cursos de Filosofia e eram controlados por
religiosos, passaram a ser oferecidos pelos
cursos médicos e pela Academia Militar. Os estudos de Filosofia, por sua vez,
deslocaram-se para as faculdades de Direito. Data daquele período a criação dos
cursos superiores, que por muito tempo seriam os únicos cursos a serem
oferecidos no país: Medicina, em 1808, no Rio de Janeiro e na Bahia;
Engenharia, em 1810, no Rio de Janeiro; e Ciências Jurídicas, em 1827, em São
Paulo e em Olinda.
Fonte: www.uel.br/revistas/
Org. e Pesq.: Antonio
Barboza
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