Urna eletrônica
A
eleição brasileira, considerada a maior votação eletrônica do mundo e que atrai
a atenção de observadores internacionais, passou por um longo processo de
evolução até chegar à atual etapa de informatização. Por estranho que pareça, a
previsão de uma máquina de votar já constava no primeiro Código Eleitoral, em
1932. Mas a realização desta medida só foi efetivada há poucos anos, após
algumas experiências pouco lembradas. Na década de 60, o inventor Sócrates Ricardo
Puntel idealizou e apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um modelo de
mecanismo para ser utilizado nas votações, mas seu projeto não foi considerado
eficiente e ele o abandonou. Em 1978, o Tribunal Regional de Minas Gerais
apresentou ao TSE um protótipo para mecanização do processo eleitoral, que
também não foi levado adiante. Outros tribunais regionais, isoladamente,
desenvolveram, a partir daí, algumas idéias que visavam a automação dos
processos eleitorais, principalmente o cadastramento de eleitores, como fez o
Tribunal Regional do Rio Grande do Sul, em 1983. Antes disso, em dezembro de
1981, o então presidente do TSE, ministro Moreira Alves, encaminhou à
Presidência da República o anteprojeto que dispunha sobre a utilização de
processamento eletrônico de dados nos serviços eleitorais. Já na eleição
presidencial de 1989 foi possível a totalização eletrônica dos resultados nos
estados do Acre, Minas Gerais, Paraíba, Piauí e Rondônia.
Aos 52 anos, Carlos Prudêncio foi o mentor intelectual do atual voto eletrônico. Em 1989, ele implantou o primeiro terminal de votação por computador em Brusque, no Interior de Santa Catarina. Na época, aos 41 anos, Prudêncio era juiz da 5ª Seção Eleitoral do Estado, com sede naquele município. A adaptação do computador foi feita com a ajuda do irmão, Roberto Prudêncio, dono de uma empresa de informática. O modelo do programa de computador usado por Prudêncio é o mesmo adotado hoje pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Aos 52 anos, Carlos Prudêncio foi o mentor intelectual do atual voto eletrônico. Em 1989, ele implantou o primeiro terminal de votação por computador em Brusque, no Interior de Santa Catarina. Na época, aos 41 anos, Prudêncio era juiz da 5ª Seção Eleitoral do Estado, com sede naquele município. A adaptação do computador foi feita com a ajuda do irmão, Roberto Prudêncio, dono de uma empresa de informática. O modelo do programa de computador usado por Prudêncio é o mesmo adotado hoje pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Um
protótipo da urna foi submetido a partir de abril de 1996 para "divulgação
do voto informatizado na imprensa, em especial em programas de televisão de
grande repercussão" e entregue ao TSE em maio de 1996 para treinamento
dos funcionários dos TREs e cartórios eleitorais.Vários testes, bem sucedidos,
com uso de sistemas eletrônicos de votação ocorreram em Santa Catarina, em
especial na cidade de Brusque. A urna eletrônica começou a ser implantada no
ano de 1996 em 57 municípios brasileiros.
Org.
e Pesq.:Antonio Barboza
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