O
Piano é um instrumento musical de cordas percutidas, munido de um teclado e de
uma grande caixa de ressonância. O som é produzido pela pressão das teclas que
acionam martelos de madeira revestidos de feltro que, por sua vez, fazem pecurtir
as cordas. É dotado de dois pedais: o direito, quando pressionado, permite que
as cordas permaneçam vibrando, mesmo que as teclas deixem de ser tocadas; o
esquerdo, também chamado surdina, serve para diminuir o brilho da sonoridade. O
primeiro piano foi fabricado pelo italiano Bartolomeu Cristofori.
Bartolomeu Cristofori, construtor de cravos
de Florença, por volta de 1700 já havia concluído a fabricação de pelo menos um
destes instrumentos que chamou de "Gravicembalo col Piano e Forte",
isto é , cravo com sons suaves e fortes. Enquanto as cordas do cravo são
tangidas por bicos de penas, o piano tem suas cordas percurtidas por martelos
(revestidos de couro nos primeiros modelos), cuja dinâmica pode ser variada de
acordo com a pressão dos dedos do executante. Isso daria ao piano grande poder
de expressão e abriria uma série de possibilidades novas. Apesar
do piano ter sido inventado por um italiano, foram os alemães que, com afinco,
levaram a idéia adiante. Dentre estes construtores podemos citar: Silbermann,
Zumpe, J. Stein. Os ingleses passaram também a construir pianos, de mecanismo
mais pesado e som mais cheio e rico, considerado pai daquele usado atualmente.
As melhorias dos pianos ingleses foram devidas ao famoso fabricante John
Brodwood. Bradwood foi responsável por grandes transformações no instrumento:
em 1783 patenteia os dois pedais, o pedal surdina e o pedal direito. Em 1790,
fabrica o primeiro piano com 5 oitavas e meia e, em 1794, cria o de 6 oitavas. Grande revolução na sensibilidade do toque
veio com Erard, que, em 1821, inventou o duplo escapo. Consistia este em deixar
o martelo, depois de ferir a nota, a uma pequena distância da corda e mantê-lo
sob total controle da tecla, enquanto ela permanecesse abaixada. O toque de
notas repetidas tornou-se, então, possível, pois o duplo escapo permite que se
toque repetidamente a mesma tecla.
No século XIX o piano passou por diversos
melhoramentos. O número de notas foi aumentado, as cordas ficaram mais longas e
grossas e os martelos, antes cobertos por couro, passaram a ser revestidos de
feltro, melhorando a sonoridade. Os compositores românticos passaram a explorar
todos os recursos do piano. Quase todos os compositores românticos escreveram
para o piano, mas os mais importantes foram: Schubert,
Mendelssohn,
Chopin,
Schumann,
Liszt e
Brahms.
As mudança sociais ocorridas no fim do século
XVIII para os primeiros anos do século XIX, com o aparecimento da classe média
(surgida da expansão do capitalismo), determinou um novo conceito no tamanho
das residências, agora menores, em comparação com as casas da nobreza. Esta
situação favoreceu à criação do piano vertical, por volta de 1800, cuja
principal vantagem era ocupar menos espaço e ser um instrumento mais barato que
os pianos horizontais fabricados até então. Logo tornou-se popular e foi um
móvel comum na maioria das salas de visitas das casas do século XIX.
Por volta de 1880, as principais etapas na
evolução do piano já haviam sido vencidas. Os fabricantes, agora, incorporavam
naturalmente em seus instrumentos as ideias e as melhorias introduzidas durante
a primeira metade do século XIX e o período que se seguiu foi apenas de
aprimoramento e aperfeiçoamento de determinados detalhes
Fonte: .renatacortezsica.com.br
Org.
e Pesquisa: Antonio Barboza
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