Pentecostes
Nas suas
origens, o Pentecostes era uma festa agrícola judaica em que se
ofereciam a Deus os melhores feixes da colheita. Era uma festa não só de
alegria e de encontro das famílias, como também de partilha com os mais
necessitados. Era celebrada sete semanas (cinqüenta dias) depois da Páscoa,
encerrando as solenidades pascais. Por isso, também se chamava Festa das
Semanas. A partir das reformas de Esdras e Neemias, em meados do século V a.c.,
a Festa de Pentecostes passou a celebrar o Dom da Lei no Sinai, a festa da
Aliança entre Deus e o povo. Com base nas tradições e nos costumes judaicos a
respeito de Pentecostes, Lucas construiu sua narrativa para falar de um novo
Pentecostes: a presença do Espírito Santo guiando a missão dos evangelizadores
no anúncio da Palavra de Deus. Assim, cinquenta dias após a Páscoa, a Festa
de Pentecostes celebra o dom do Espírito Santo enviado por Deus à Igreja. A promessa de Jesus aos seus discípulos se
realiza: "Mas recebereis o poder do Espírito Santo que virá sobre vós,
para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judéia e Samaria, e até
os confins da terra" (At 1,8). Jerusalém é o lugar onde termina o
"tempo de Jesus" e começa o "tempo da Igreja". Os
"atos" de Jesus começam na Galiléia e terminam em Jerusalém. Os
"atos" dos apóstolos começam em Jerusalém e vão até os confins do
mundo. Portanto, Jerusalém é ponto de chegada e ponto de partida. É o lugar da
manifestação do Espírito Santo de Deus, que encoraja os apóstolos para a
missão. No dia de Pentecostes, os discípulos estavam reunidos em Jerusalém.
Depois dos acontecimentos da Páscoa, ficaram cheios de medo. Viviam juntos,
desligados do mundo, mas eis que o Espírito Santo, dom de Deus, veio sobre
eles. Assim, aquele grupo de homens e mulheres amedrontados adquiriu a
consciência de ser uma comunidade, uma Igreja, isto é, o corpo místico de
Cristo. Todos sentiram que Jesus estava entre eles, mais ainda do que antes,
porque, na realidade, Jesus não mais estava com eles, estava neles. Então a
Igreja se manifestou publicamente e começou a difundir o Evangelho mediante a
pregação. Nos dias que antecedem Pentecostes, a oração é o melhor
caminho para se entrar em intimidade com o Espírito Santo e cultivar sua
amizade. Se nos deixarmos conduzir pelo Espírito Santo, nossa oração será
espontânea, contínua e brotará como uma fonte de água fresca que jorra da
rocha.
Ao
invocarmos o Espírito de Amor, enchemos a alma de alegria plena e inundamos o
coração de paz inalterável. Crer no Espírito Santo, entretanto, não é só crer
na existência de uma terceira pessoa na Trindade, mas crer também na sua
presença entre nós, em nosso próprio coração. Crer no Espírito Santo significa
bendizê-lo, adorá-lo e glorificá-lo em nós mesmos e no outro.
Fonte: www.paulinas.org.br
Org. e Pesq.: Antonio Barbosa
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